Tuesday, 28 February 2012

PL QUER PUNIR “TERRORISTAS” E GREVISTAS NA COPA (#Brasil) / PL OR PUNISHMENT, "TERRORIST" STRIKERS AND THE CUP (#Brazil)



Por Andrea Dip

Trazido a minha atencao por @PersonalEscrito via Twitter

By Andrea Dip
Brought to my attention by @PersonalEscrito via Twitter


(The English translation follows immediately below the Portuguese text)


Foto: Daniel Kfouri. Arte urbana de Esqueleto Coletivo



“É a ditadura transitória da FIFA” diz presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP, sobre projeto que corre no Senado em paralelo a Lei Geral da Copa



Enquanto as atenções estão voltadas para o projeto de Lei Geral da Copa (2.330/11) que está sendo votado na Câmara nesta terça-feira (28), os senadores Marcelo Crivella (PRB-RJ), Ana Amélia (PP-RS) e Walter Pinheiro (PTB-BA) correm com outro Projeto de Lei no Senado, conhecido pelos movimentos sociais como “AI-5 da Copa” por, dentre outras coisas, proibir greves durante o período dos jogos e incluir o “terrorismo” no rol de crimes com punições duras e penas altas para quem “provocar terror ou pânico generalizado”.

O PL 728/2011, apresentado no Senado em dezembro de 2011, ainda aguarda voto do relator Álvaro Dias (PSDB-PR) na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado. Se for aprovado, vai criar oito novos tipos penais que não constam do nosso Código Penal como “terrorismo”, “violação de sistema de informática” e “revenda ilegal de ingressos”, determinando penas específicas para eles. Essa lei – transitória – valeria apenas durante os jogos da FIFA.

Na justificativa da proposta, os senadores alegam que a Lei Geral da Copa deixa de fora a tipificação de uma série de delitos, necessária para “garantir a segurança durante os jogos”.

O projeto prevê ainda que quem “cometer crimes contra a integridade da delegação, árbitros, voluntários ou autoridades públicas esportivas com o fim de intimidar ou influenciar o resultado da partida de futebol poderá pegar entre dois e cinco anos de prisão”.

Para quem “violar, bloquear ou dificultar o acesso a páginas da internet, sistema de informática ou banco de dados utilizado pela organização dos eventos” a pena seria de um a quatro anos de prisão, além de multa. E para deixar a aplicação das penas ainda mais eficaz, o projeto prevê a instauração de um “incidente de celeridade processual” (art. 15), um regime de urgência em que a comunicação do delito poderia se dar por mensagem eletrônica ou ligação telefônica e funcionaria também nos finais de semana e feriados.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB de São Paulo Martim Sampaio considera o projeto um “atentado contra o Estado Democrático de Direito”. “É um projeto de lei absurdo que quer sobrepor os interesses de mercado à soberania popular. Uma lei para proteger a FIFA e não os cidadãos e que, além de tudo, abre precedentes para injustiças por suas definições vagas”, diz o advogado.

Para Thiago Hoshino, assessor jurídico da organização de direitos humanos Terra de Direitos e integrante do Comitê Popular da Copa de Curitiba, a questão é ainda mais complicada. Ele acredita que a junção de tantos assuntos em um mesmo projeto é uma tentativa de aprovar leis antigas que endurecem principalmente a legislação penal: “É um bloco perigoso que viola garantias básicas da Constituição. E há sempre o risco de estas leis transitórias se tornarem permanentes. A legislação da Copa é, na verdade, um grande laboratório de inovações jurídicas. Depois o que for proveitoso pode permanecer. É mais fácil tornar uma lei transitória permanente do que criar e aprovar uma nova” explica.

Terrorismo

O que chama a atenção logo de cara no projeto de lei é a tipificação de “terrorismo”, que até hoje não existe no nosso código penal. No PL, ele é definido como “o ato de provocar terror ou pânico generalizado mediante ofensa à integridade física ou privação da liberdade de pessoa, por motivo ideológico, religioso, político ou de preconceito racial, étnico ou xenófobo” com pena de no mínimo 15 e no máximo 30 anos de reclusão. Martim Sampaio diz que este é o artigo mais perigoso por não dar definições exatas sobre o termo: “Da maneira como está na lei, qualquer manifestação, passeata, protesto, ato individual ou coletivo pode ser entendido como terrorismo. Isso é um cheque em branco na mão da FIFA e do Estado”.
Documentos revelados pelo WikiLeaks revelaram a pressão americana para que o Brasil criasse uma lei para o “terrorismo”, principalmente para assegurar os megaeventos. No relatório de Lisa Kubiske, conselheira da Embaixada americana em Brasília, enviado para os EUA em 24 de dezembro de 2010, a diplomata mostra-se preocupada com as declarações de Vera Alvarez, chefe da Coordenação-Geral de Intercâmbio e Cooperação Esportiva do Itamaraty porque a brasileira “admite que terroristas podem atacar o Brasil por conta das Olimpíadas, uma declaração pouco comum de um governo que acredita que não haja terrorismo no País”.

Os banqueiros também pressionam o Estado a criar uma lei antiterrorismo há algum tempo. Também em 2010, a falta de uma legislação específica sobre terrorismo foi o principal foco em um congresso sobre lavagem de dinheiro e financiamento de grupos extremistas organizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo. A questão poderia custar ao Brasil a exclusão do Grupo de Ação Financeira Internacional (Gafi), órgão multinacional que atua na prevenção desses crimes.

Greves

O projeto de lei também mira reduzir o direito à greve, prevendo a ampliação dos serviços essenciais à população durante a Copa – como a manutenção de portos e aeroportos, serviços de hotelaria e vigilância – e restringe a legalidade da greve de trabalhadores destes setores, incluindo os que trabalham nas obras da Copa, de três meses antes dos eventos até o fim dos jogos. Se aprovado, os sindicatos que decidirem fazer uma paralisação terão de avisar com 15 dias de antecedência e manter ao menos 70% dos trabalhadores em atividade. O governo ainda estará autorizado a contratar trabalhadores substitutos para manter o atendimento, o que é proibido pela lei 7.283/1989 em vigor no país, que estabelece 72 horas de antecedência para o aviso de greve e não determina um percentual mínimo de empregados em atividade durante as paralisações.

Eli Alves, presidente da Comissão de Direito Trabalhista da OAB-SP, lembra que o direito à greve também é garantido na Constituição Federal e diz que a sensação que fica é a de que “o Brasil está sendo alugado para a FIFA, flexibilizando suas próprias regras para fazer a Copa no país”. Martim Sampaio lembra que as greves foram proibidas durante a ditadura militar: “A gente conquistou este direito com o fim da ditadura, muitas vidas foram perdidas neste processo. Não é possível que agora criemos uma ditadura transitória da FIFA”. E convoca: “O único jeito de não deixar esta lei ser aprovada é por pressão popular. A gente tem bons exemplos de que isso funciona como a da lei da ficha limpa. É preciso conquistar a democracia todos os dias”.

Você sabe de mais algum projeto de lei que corre paralelo à Lei Geral da Copa? Mande para nós! Vamos fomentar o debate a respeito do assunto!

Foto de abertura gentilmente cedida por Daniel Kfouri.

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"It is the dictatorship of the transitional FIFAsays president of the Human Rights Commission of OAB-SP on the Senate bill that runs parallel to the General Law of the Cup


While attention is focused on the design of the General Law of the Cup (2.330/11) being voted in the House on Tuesday (28), Senators Marcelo Crivella (PRB-RJ), Ana Amelia (PP-RS) and Walter Pinheiro (PTB-BA) are busy with another Bill in the Senate, known by social movements as "AI-5 Cup" by, among other things, prohibit strikes during the period of the games and include the "terrorism" in the list ofcrimes with harsh punishments and penalties for those high "causing widespread panic or terror."



The PL 728/2011, introduced in the Senate in December 2011, still awaits the vote of rapporteur Alvaro Dias (PSDB-PR) who is on the Committee on Education, Culture and Sports of the Senate. If approved, it will create eight new crimes not listed in our Penal Code as "terrorism", "Violation of computer system" and "illegal resale of tickets," determining specific penalties for them. This law - is transient - effective only during the FIFA games.In justification of the proposal, the senators argue that the General Law of the World Cup leaves out the characterization of a series of crimes, needed to "ensure security during the games."

The bill also provides that those who "commit crimes against the integrity of the delegation, referees, volunteers and sports authorities in order to intimidate or influence the outcome of football match may be subject to imprisonment of between two and five years."

For those who "violate, block or impede access to web pages, computer system or database used by the organization of events" this could result in prison terms of one to four years and a fine. And to make the application of penalties even more effective, the project aims to establish a "sped up procedure" (Art. 15), where the sentencing of the offense could be by e-mail or phone call and would also be conducted on weekends and holidays.

The president of the Human Rights Commission of OAB Sao Paulo Sampaio Martin considers the project an "attack against the democratic state." "It's an absurd bill that would override the interests of the market for popular sovereignty. A law to protect FIFA and not citizens, due to its vaguness could set precedents for injustices, "says the lawyer. (if this translation is not entirely accurate, please let me know and I'll make a correction)

For Thiago Hoshino, legal advisor to the human rights organization Land Rights Committee and member of the People's Cup in Curitiba, the question is even more complicated. He believes that the addition of many subjects in the same project is an attempt to pass laws that harden the old primarily criminal law: "It's a dangerous block that violates basic guarantees of the Constitution. And there's always the risk of these transitional laws becoming permanent. The legislation specific to the Cup is actually a great laboratory of legal innovations. After whatever is useful may remain. It is easier to make permanent a temporary law rather than to create and approve a new one" he explains.

Terrorism

What draws attention right away in the bill is the characterization of "terrorism", which even today does not exist in our penal code. In PL, it is defined as "the act of causing widespread panic through terror or harm to physical integrity or deprivation of liberty of person, for reasons ideological, religious, political or racial, ethnic or xenophobic" with a sentence of at least 15 and a maximum of 30 years in prison. Sampaio Martin says this is the more dangerous article as it does not to give an exact definitions of the term: "The way is described in the law, any demonstration, rally, protest, act individually or collectively can be understood as terrorism. This is a blank check in hand from FIFA and the state. "

Documents revealed by Wikileaks indicated the U.S. pressure on Brazil to create a law for "terrorism", especially during mega events. In a report by Lisa Kubiske, counselor at the U.S. Embassy in Brasilia, sent to the U.S. on December 24, 2010, the diplomat shows concern over the statements of Vera Alvarez, head of the General Coordination of Exchanges and Cooperation of the Foreign Ministry for Sports Brazil's where she "admits that terrorists can attack Brazil because of the Olympics, an unusual statement from a government that believes that there is no terrorism in the country."

The bankers have also pressed the State to create an anti-terrorism law for some time. Also in 2010, the lack of specific legislation on terrorism was the main focus of a conference on money laundering and financing of extremist groups organized by the Brazilian Federation of Banks (Febraban), in Sao Paulo. The issue could cost Brazil the potential exclusion from the International Financial Action Task Force (FATF), a multinational agency that works to prevent these crimes.

Strikes

The bill also aims to reduce the right to strike, providing for the expansion of essential services to the population during the World Cup - as the maintenance of ports and airports, hotel services and surveillance - this restricts the legality of the strike of workers in these sectors, for a period of three months before the events begins until the end of games. If approved, should the unions decide to do a shutdown, they must provide notification 15 days in advance and keep at least 70% of workers at work. The government would still be allowed to hire replacement workers to keep the service, which is prohibited by law 7.283/1989, establishing a 72-hour advance notice for the strike and does not prescribe a minimum percentage of employees working for downtime. (not an accurate translation - will fix this sentence tomorrow, but you get the idea)

Eli Ahmed, chairman of the Labor Law of the OAB-SP, states that the right to strike is also guaranteed by the Constitution and says that the feeling in Brazil is that "Brazil is being rented for FIFA, by easing their own rules to make the finals take place in the country. " Sampaio Martin recalls that strikes were banned during the military dictatorship: "We won this right with the end of the dictatorship, many lives were lost in this process. It is possible that now that we are creating a temporary dictatorship of FIFA. " He states: "The only way to not let this law is to be approved by popular pressure. We have good examples of this works as the law of clean slate. It is necessary to win democracy every day."

Do you know of more bills that run parallel to the General Law of the World Cup? Send it to us (apublica.or) ! We will encourage debate on the subject!

Photo at the beginning of this article is courtesy of Daniel  Kfouri.

#ContraOAumento volta às ruas de Teresina nesta segunda-feira - 27/02/12 (#Brasil) / #ContraOAumento back on the streets of Teresina on Monday - 27/02/12 (#Brazil)



(The English translation follows immediately below the Portuguese text)

Movimento se intitula 'apartidário' e tem como lema principal 'Nenhum centavo a mais!'

Portesto do #ContraOAumento em janeiro de 2012
Portesto do #ContraOAumento em janeiro de 2012

O movimento #ContraOAumento volta às ruas de Teresina ao meio dia desta segunda-feira (27/02). Segundo a página do Facebook do Contra o Aumento, que convida todos os estudantes para um ato em Frente ao Hiper Bom Preço, a concentração dos estudantes começará das 12h e vai até às 16h40 nos canteiros da Avenida Frei Serafim.



Segundo as informações da página, o lema do movimento é “Nenhum centavo a mais! Resistir até a tarifa cair!”. Movimento que se intitula “apartidário” reivindica:


1° Contra o aumento da passagem;

2° Pela municipalização do transporte público;

3° Melhorias no transporte e paradas de ônibus menos desumanas;

4° Liberdade de manifestação e anistia dos presos políticos que reivindicaram seus direitos nas últimas manifestações;

5° Passe livre para estudantes e professores.



O movimento que surgiu nas ruas de Teresina em setembro de 2011, quando a passagem aumentou de R$ 1,90 para R$ 2,10, na época conseguiu a revogação do decreto do aumento. Voltou às ruas em janeiro de 2012, quando a passagem voltou a aumentar com a implantação da integração na cidade.



Os protestos em Teresina chegaram a ganhar destaque nacional e internacional em janeiro, pela forma violenta que a polícia começou a conter os estudantes, segundo eles para evitar os transtornos que o movimento causava no centro da cidade, principalmente os grandes congestionamentos em horário de maior fluxo de carros e a queima de ônibus, que houve registro uma em setembro de 2011 e uma em janeiro de 2012.



Na época destes conflitos mais violentos entre policiais e estudantes, alguns manifestantes foram presos e levados para Casa de Custodia, eles chegaram a ficar quase uma semana detidos e saíram com pagamento de fiança, que foi estabelecida em R$ 2 mil.

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Este artigo é de segunda! Vou dar uma atualização assim que eu encontrá-lo a partir dos protestos! ~Sofia Smith 
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The movement is entitled 'partisanand has as its motto the slogan 'No penny more!'

Portesto do #ContraOAumento em janeiro de 2012
#ContraOAumento protest in January 2012

The #ContraOAumento movement will return to the streets of Teresina at noon on Monday (27/02). According to the Facebook page Against the Increase all students are invited to a rally in front the Hiper Bom Preço, the demonstration of students will begin at 12pm at the entrance of the Avenida Frei Serafim and last until 16:40.

According to the information page, the movement's motto is "Not a Penny MoreResist until the rate drops." The movement that calls itself "nonpartisandemands the following: 


  1. A decrease in fare costs; 

  2. For the municipalization of public transport; 

  3. Improvements in transportation and better (less inhumane) bus stops; 

  4. Freedom of expression and amnesty for political prisoners who claimed their rights in     recent events;
  5. 5th Free passes for students and teachers. 

This movement began in the streets of Teresina in September 2011, when the bus fares increased from $ 1.90 to $ 2.10, then got the repealed by decreee. Students returned to the streets in January 2012, when the fares were again increased (by the implementation of integration ~ not quite sure of the meaning of this) by the city.

Due to a violent police crackdown to contain the student protests in January, the movment against the fare increases in Teresina managed to attract national and international attention in January. The reason given by the authorities for the crackdown was that they were trying to mainly avoid inconveniences caused by large traffic jams in the city center, which causecd traffic congestion during high traffic times for cars and buses. These were at record levels in September 2011 and in January 2012. 

At the time of the most violent conflicts between police and students, some protesters were arrested and taken to Casa de Custodia, where they were held for almost a week and were released with bail, at $ 2000 per person.

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This article is from Monday! I will provide an update as soon as I find it from the protests!
~ Sofia Smith
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#Colombia: Citizen Journalist Threatened Over Viral Video / #Colômbia: Jornalismo Cidadão Ameaçado Por Vídeo Viral

Originally posted by Global Voices at http://globalvoicesonline.org/2012/02/23/colombia-citizen-journalist-threatened-over-viral-video/
Written by Juliana Rincón Parra
Escrito por Juliana Rincón Parra
(A tradução Português (novamente via Google traduzir infelizmente) pode ser encontrado logo abaixo do texto em Inglês)

Citizen journalist Bladimir Sánchez has already received threats for making a video showing the forced evictions of farmers and fishermen protesting the construction of a hydroelectric dam in the department of Huila, Colombia on February 14 and 15. In less than three days, more than 600,000 people have watched it.
On Publimetro [es], Camilo Andrés García Cortés states that the video may be making history as the most watched Colombian citizen video, due to its half a million views during only two days. The Video the Colombian Government Doesn't Want Us to See [es] shows the violent eviction faced by two river bank communities standing up peacefully against the building of the dam, and pulls together the testimonies of those who faced the violence and were injured.
The communities are against the dam construction because it will leave them without livelihoods if the river is diverted for the project. When describing the clash that injured protesters, both the community members and journalists present describe that there was no violence towards the authorities in spite of the attacks, and that the police restricted the access of journalists, peace observers and human right organizations to the area of the protest.
La acción violenta se cumplió coordinadamente entre el Gobierno Nacional y Emgesa contra campesinos y pescadores inermes cuya única respuesta fue cogerse solidariamente de las manos para abrazar el río Magdalena o lanzarse al mismo, mientras recibían cargas de gases lacrimógenos y granadas de aturdimiento, ocasionando varios heridos, entre ellos, el obrero de construcción Luis Carlos Trujillo Obregón quien perdió su ojo derecho.
The violent action was accomplished in coordination between the National Government and Emgesa [Ed.Note. Private Company granted the concession for the hydroelectric dam] against unarmed farmers and fishermen whose only response was to hold each other by the hands to hug the Magdalena River or jump into it as they were buffeted by tear gas and stun grenades, causing several injuries including the ones on construction worker Luis Carlos Trujillo Obregón who lost his right eye.
On the interview with Publimetro [es] Bladimir discussed the threats he's received:
Recibí una llamada No aparece el número de la persona en el identificador (…) Me han enviado mensajes a mi correo. Me dicen que soy de las Farc, del ELN, que estoy atacando a la fuerza pública. Yo no soy nada de eso. Simplemente soy un realizador audiovisual que quiere mostrar la realidad de lo que pasa en el departamento del Huila.
I received a call, the number doesn't show up on the call identifier (-) I've been sent messages to my mail. They say that I belong to the FARC, the ELN, that I am attacking the public police force. I am none of that. I am simply a videographer that wants to show the reality of what is happening in the department of Huila.
In his Facebook page Zeitgeist Huila [es], Bladimir posted on February 23 [es] that he had been receiving threatening calls, one including death threats.

Saturday, 25 February 2012

#Brazil: Quilombo Community in #Bahia About to Be Evicted on March 4, 2012

Originally posted by Global Voices at http://globalvoicesonline.org/2012/02/22/brazil-quilombo-community-in-bahia-about-to-be-evicted/

Written by Sara Moreira
One of the oldest slave descendent communities in Brazil, Quilombo Rio dos Macacos, where around 50 families live, has a date for eviction: March 4, 2012. The claim for the land comes from the Navy of Brazil, that intends to broaden a condo for its officers in that territory, in the border area between Salvador and Simões Filho, state of Bahia.
Several social movements have demonstrated against [pt] the “flagrant disrespect for fundamental human rights”, motivated by what some describe as “institutional racism” [pt].
Among the community [pt] there are “people older than 100 years who were born in the same place where they have lived until now”, and who [pt] say that “they won't allow themselves to be evicted”.
Sisters who were born and grew up in the community, 110 and 84 years old. Photo by Racismo Ambiental (CC BY-NC 2.5 BR).
Sisters who were born and grew up in the community, 110 and 84 years old. Photo by Racismo Ambiental (CC BY-NC 2.5 BR).
In a short documentary published by the collective Bahia na Rede, members of the community complained [pt] “that [they] are trapped in the area whose access is controlled by the military, facing difficulties in coming in and going out, and suffering daily threats of eviction and aggression in an area which is recognized by the Palmares Foundation [a public institution linked to the Ministry of Culture that aims to promote and preserve the afro-brazilian culture] as quilombola's territory”:
sob regime de tensão e violência, aterrorizados: [os quilombolas] garantem que passam a noite acordados com medo de morrer (soldados passeiam à noite toda pelas suas roças) e têm medo de sair pois quando voltar poderão encontrar a casa derrubada. O acesso à comunidade é controlado pelo portão de entrada da Vila Militar, um condomínio de residências de sub-oficiais da Marinha; e os conflitos vêm, sobretudo, com a construção desta Vila, a partir de 1971. As famílias da área foram removidas e desalojadas. Hoje estão proibidas de plantar e sendo expulsas da área.
Under a regime of tension and violence, terrified: [the quilombolas] ensure that they spend the night awake afraid to die (soldiers walk all night around their crops) and are afraid to go out because when they are back they can find the house torn down. The access to the community is controlled by the entrance gate of the Military Village, a housing condo for sub-officers of the Navy, and the conflicts [have] come especially with the construction of this town, since 1971. The families of the area were removed and displaced. Today they are forbidden to plant and are being expelled from the area.
Land is a right
Descendants of original peoples from Africa who, during colonialism, were taken from their land to become slaves in Brazil, the Quilombolas now see themselves under threat of losing their homes again, despite their right to the land they inhabit enshrined in the constitution.
The representative of the Rural Workers' Lawyers Association (AATR), Pedro Diamantino, in an “Act in support of the quilombola Rio dos Macacos community”, which took place on February 6, explained [pt] the legal framework:
"Demarcation and titling of the indigenous and quilombola territories, now!" Direct action by the Resistência Quilombola in the no Fórum Social Temático in Porto Alegre, January de 2012. (link to a video by Coletivo Catarse)
“Demarcation and titling of the indigenous and quilombola territories, now!” Direct action by the Resistência Quilombola in the no Fórum Social Temático in Porto Alegre, January de 2012. (the image links to a video by Coletivo Catarse)
o artigo 68 das disposições transitórias da CF [Constituição Federal] garante “aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras” a propriedade definitiva, porém este artigo até hoje não foi regulamentado, o que gera instabilidade jurídica. A demarcação de terras quilombolas atualmente está lastreada no decreto federal 4887/2003, que é um instrumento jurídico insuficiente para garantir a posse definitiva da terra.
The Article 68 on the transitional provisions of the CF [Federal Constitution] guarantees “the remnants of quilombo communities who are occupying their lands” definitive ownership, but this article has not yet been regulated, which creates legal instability. The demarcation of quilombola's lands is currently backed in Federal Decree 4887/2003, which is a legal instrument that is insufficient to ensure the final possession of the land.
And the federal MP Luis Alberto added [pt] that:
tramitam na Câmara dos Deputados um projeto de emenda à Constituição Federal (CF) que pretende avocar para o poder legislativo a regularização das terras quilombolas – hoje à cargo da Fundação Palmares e do Incra – e outros projetos que pretendem anular todos os decretos em favor dos quilombos.
A draft amendment to the Federal Constitution (FC) is being processed in the Chamber of Deputies; it intends to call back the regularization of the quilombola's lands - nowadays under the responsibility of Palmares Foundation and INCRA - and other projects that aim to revoke all the decrees in favor of quilombos.
The lands occupied by the Quilombo Rio dos Macacos was donated by the city hall of Salvador to the Brazilian Navy in mid 1960. At the time, the existence of inhabitants was registered [pt] and the Navy was made responsible for any compensation that might arise from the transfer of land.
By the end of 2009, the Navy presented a proposal of eviction to the Justice. One year later, the Judge of the 10th Circuit Court of the Judicial Section of Bahia granted [pt] it; the eviction was scheduled for November 4, 2011 - exactly one month after the certificate of recognition of Rio dos Macacos as Quilombola Community was published on the Diário Oficial da União, from which a Self Recognition Certificate came out. The order of eviction ended up being postponed [pt] for 4 months by the Federal Justice, but until today March 4, 2012, remains as the date for expulsion.
We Are Quilombo Rio dos Macacos
We are Quilombo Rio dos Macacos. Public domain.
We are Quilombo Rio dos Macacos. Public domain.
The year started with a protest outside the wall that surrounds the Naval Base, and where President Dilma Rousseff was spending holidays. Tania Lobo published on Youtube a set of photos of the protest showing the signs held by the demonstrators, which read “Are you going to allow this President?”, “Navy wants to expel Quilombola Rio dos Macacos community”, “Community (…) asks for just, legal and immediate solution”, and “Navy forbids INCRA to enter the community Rio dos Macacos”.
Meanwhile, solidarity actions have multiplied, such as the collective declaration [pt] “Somos Quilombo Rio dos Macacos” (We Are Quilombo Rio dos Macacos), by several public figures, musicians, poets and activists from Bahia's movements.
A page on Facebook with the same name, as well as many blogs, have republished the community's manifesto, which demands for:
providências imediatas por parte da Presidenta da República e pelo Ministro da Defesa, pelo fim da violação dos direitos humanos, pelo garantia dos direitos quilombolas e pela imediata regularização fundiária do Território da Comunidade Quilombola Rio dos Macacos
Immediate action by the President of the Republic and the Minister of Defence, for the end of human rights violations, for ensuring the rights of quilombolas and for the immediate regularization of the Territory of the Quilombola Community Rio dos Macacos
The 2011 report on Quilombola's Land [pt], published by the Comissão Pró-Índio from São Paulo on February 15, reveals that during the first year of Dilma Rousseff's government, only one Quilombola Land was titrated by the federal government, and that “the score of quilombola lands titrated in Brazil has reached 110, which means that only 6% of the estimated 3000 quilombola communities in the country have the title of their land.”