Monday, 30 January 2012

Rosane Bertotti: O protesto no #Pinheirinho


Postado originalmente por Vi O Mundo em http://www.viomundo.com.br/denuncias/rosane-bertotti-o-protesto-no-pinheirinho.html

Trazido a minha atenção por @ maria_fro

Um resumo Inglês é fornecido imediatamente abaixo do texto original Português. And English Summary is provided immediately below the Portuguese text.


Ato no Pinheirinho abrirá agenda de lutas após o FST 2012

Assembleia dos Movimentos Sociais, que reuniu 1,5 mil pessoas na Usina do Gasômetro, sábado, em Porto Alegre, aprovou realização de um ato público no terreno desocupado do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), no dia 2 de fevereiro às 9 horas. “Vamos fazer um grande ato na próxima quinta-feira (2) em repúdio a esse governo fascista de Geraldo Alckmin, que não respeita a democracia nem os movimentos sociais”, disse Rosane Bertotti, representante da CUT e coordenadora da assembleia.
Porto Alegre – Uma das características mais marcantes do Fórum Social Temático 2012, encerrado domingo (29) em Porto Alegre, foi a disposição demonstrada por diversos setores dos movimentos sociais brasileiros para revitalizar suas mobilizações de rua e assumir nos próximos meses uma agenda de lutas que já começa logo após o Fórum. Maior exemplo dessa disposição foi a aprovação, feita durante a Assembleia dos Movimentos Sociais que reuniu 1,5 mil pessoas na Usina do Gasômetro, de um ato no terreno desocupado do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), para o dia 2 de fevereiro às 9 horas.
O objetivo dos movimentos é tornar a resistência em Pinheirinho um símbolo da retomada da ascensão das lutas sociais no país: “O governo fascista de Geraldo Alckmin massacrou os trabalhadores, massacrou aquela ocupação. Estão há 20 anos no Governo de São Paulo e continuam não dando o direito ao diálogo e ao processo social para aqueles que se organizam para ter direito à moradia. Vamos fazer um grande ato na próxima quinta-feira (2) em repúdio a esse governo que não respeita a democracia nem os movimentos sociais”, disse Rosane Bertotti, representante da CUT e coordenadora da assembleia.
A desocupação do Pinheirinho, assim como a da Cracolândia, no centro da capital de São Paulo, também foi citada por Luiz Gonzaga da Silva, o Gegê, vice-presidente da Central de Movimentos Populares: “A luta nos centros urbanos cresce em todo o país, haja vista à cidade e ao estado de São Paulo, que a direita escolheu como palco de seu enfrentamento aos movimentos sociais”, disse o líder comunitário, que sugeriu a inclusão de um tópico específico sobre a luta urbana na carta dos movimentos sociais aprovada durante a assembleia.

Presidente da Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), Bartiria Lima Costa também defendeu “a inclusão da crise urbana como parte da crise capitalista” no documento final dos movimentos sociais no FST 2012: “Aquilo que aconteceu no Pinheirinho é uma barbárie que não pode mais acontecer neste país que tem leis para resolver problemas como esse. O problema são os governantes antidemocráticos”, disse.
Já as entidades do movimento socioambientalista presentes ao FST 2012 programaram para o dia 6 de fevereiro a unificação de diversas manifestações nos estados em uma jornada nacional de lutas em defesa do Código Florestal: “Temos de garantir grandes mobilizações nos estados. Vamos para a frente das Assembleias Legislativas fazer um barulho para ser ouvido em Brasília”, disse Mário Mantovani, que é coordenador da organização SOS Mata Atlântica.

A maioria das organizações ambientalistas aprovou uma agenda de lutas para o primeiro semestre de 2012, até a realização da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que acontecerá em junho.
O Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais pelo Meio Ambiente (FBOMS), aliado às diversas redes regionais, pretende fazer uma intensa mobilização de suas bases: “O objetivo é fazermos o máximo de encontros possíveis, em todos os estados e todos os biomas brasileiros, até o final de março ou princípio de abril. Assim, chegaremos com um alto grau de mobilização à Rio+20”, diz Rubens Born, que faz parte da coordenação do FBOMS.

Estudantes e mulheres
Os estudantes também fecharam durante o FST 2012 uma ampla agenda de lutas para o primeiro semestre. Secretário-executivo da Organização Continental Latino-Americana e Caribenha de Estudantes (OCLAE), Mateus Fiorentini propôs a convocação para os próximos dois meses, em data a ser ainda precisada, de um dia continental de lutas em defesa da educação pública e contra a criminalização dos movimentos sociais: “Temos condições de fazer uma jornada de luta em toda a América Latina, do México à Patagônia”, prometeu.
Representante da Marcha Mundial das Mulheres, organização que também adotou uma agenda de lutas até a Rio+20, Tica Moreno reafirmou os eixos que irão orientar as mobilizações dos movimentos sociais no primeiro semestre: “Nossa articulação se dará em torno de eixos como a luta contra as transnacionais, a luta pela justiça climática e pela soberania alimentar, a luta para banir a violência contra as mulheres, a luta pela paz e contra a guerra, o militarismo e a ocupação dos nossos territórios. Vamos identificar quais os pontos que nos unem e o que podemos fazer em termos de ação concreta e mobilização real e massiva em todo o mundo”, disse.

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English summary was provided by @alxguxcci:
Resumo Inglês foi fornecido por @alxgucci:


FST 2012 promises massive mobilization of social movements

The General Assembly of Social Movements, which brought together 1,5 thousand people on Saturday, in Porto Alegre, approved an action/event in the evicted area of Pinheirinho in São José dos Campos (#SJC). According to Rosane Bertotti, representative from CUT and assembly coordinator, the event will take place on February 2nd at 9am and will "protest the fascist government of Governor Geraldo Alckmin who doesn't respect democracy or social movements".

The objective of the coordination between the different movements is to turn the resistance of Pinheirinho into a symbol of the resumption of struggle of the movements that represent social struggles in Brazil.

The eviction of #Cracolandia in downtown São Paulo was also mentioned by Luiz Gonzaga da Silva, vice-president of the Popular Movements Forum. The president of Conam (National Confederation of Residents) Bartiria Lima Costa also defended the "inclusion of the urban crisis as a part of the capitalist crisis" in the final document of the FST (Social Themed Forum 2012), adding that "what happened in Pinheirinho must not occur again in a country that has laws to solve problems such as this one. The problem is the antidemocratic governments."

The social environmental movements present at FST set their protest date to the 6th of February, unifying diverse protests in several states in defense of the Forestry Code Bill. "We have to guarantee mobilizations in all the states. We are going to make ourselves heard at the legislative assemblies", said Mário Mantovani, coodinator of the organization SOS Mat Atlântica. Most environmental organizations approved the agenda for the first semester of 2012, which includes the Rio+20 Conference on Sustainable Development in June.

The FBOMS (Brazilian ONG Forum and Social Movements for the Environment), allied to several regional networks, aims to maximize their gathering potential in all the twenty-six states of Brazil (plus the Federal District) "in order to reach the highest possible degree of mobilization at Rio+20", said Rubens Born, coordinator of FBOMS.

Executive secretary of OCLAE (Organization of Latin American and Caribbean students), Mateus Fiorentini, proposed the establishing of a continental landmark date in defense of public education and against the criminalization of social movements, adding, "we have conditions to make a crusade in all of Latin America, from Mexico to Patagonia.

Tica Moreno, representative of the Worldwide Women's March, also adopted an agenda of protests until Rio+20. "Our fight will be against the transnationals, for the climate justice, food sovereignty, the fight to ban violence against women, the fight for peace and against war, militarism and occupation of our territories. We will identify which points unite us and what we can do in terms of concrete action and massive mobilization across the world."

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